Sofrimento/arte

Em leituras sobre histórias de mulheres, muito me impressiona a trajetória de Frida Khalo,  que teve a maior parte de sua vida na cama. Cama que está exposta em museu, representando seu “refúgio, cavalete de tortura e altar sagrado.” Rosa Montero, 2008.

Mulher de grande força de vida, a pintora mexicana teve  aos seis anos  seu primeiro dano físico, através da poliomielite que lhe causou  uma lesão no pé direito que lhe gerou o apelido “Frida perna de pau”.  Aos 18 anos sofre um grave acidente que lhe deteriorou  o corpo. Contudo, com sua ânsia de vida  teve uma vida quase normal, apesar de todos seus sofrimentos. Casou, tornou-se pintora famosa, teve muitos amores. Foi”bonita e extravagante no vestir e no se adornar com jóias pré colombianas.  Por meio dos enfeites e da pintura  “construía-se a si mesmo” (Rosa Muraro, p.  134).

Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea em Paris organiza exposição em sua honra. Em 13 de julho de 1954, aos 47 anos faleceu de embolia pulmonar na casa construída pelo seu pai, onde nasceu. Assim, foi considerada uma mulher a frente do seu tempo, vivendo intensamente e sempre muito esperançosa, o que é constatado em seu último quadro, pintado dias depois da cirurgia, em que retratou melancias cortadas e escreveu “Viva la vida”. (Fonte)

Quatro anos após a sua morte, sua casa familiar conhecida como “Casa Azul” transforma-se no Museu Frida Kahlo. 2008

Referência

Montoro.R. Histórias de Mulheres. ed.Agir, 2008