Ponto de encontro – Denise

Aqui estamos para um interessante diálogo  e profunda reflexão  com  a querida amiga e colega de profissão Denise.

 

 

 

Trago para este banco amigo e acolhedor, uma conversa recente entre eu e um [grande]amigo.

Contexto: nós dois filosofando, como de costume.

Falávamos sobre a importância do amor na existência, a presença que precisamos sentir, e como reduzimos os sentimentos à palavras que nem sempre os traduzem. Queremos sentir o amor de alguém, mas será que lembramos de ler o amor que sentem? Ler nos olhos de alguém o que existe de mais puro e sincero no coração daquele que nos ama?

Contou-me ele que pensa que, talvez durante toda a vida, uma mulher o tenha somente uma vez, para um único alguém.

E com os homens, acontece o mesmo?

 Esse olhar de total e absoluta entrega é uma confissão muda, um acolhimento no silêncio da alma, e tem uma luminosidade que anuncia o que não consegue esconder, porque as palavras não conseguiram expressar.  Como se dissesse: sou tua(teu), envolvendo o outro como num abraço. É um encontro, um apelo, uma emoção, num lapso de tempo em que o mundo ao redor deixa de existir. São olhos da alma que conversam entre si.

 Rubem Alves disse:

“Um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira.”

Como andam nossos olhos de ver?

Denise Araújo

Assim,  mais uma proposta para  trocas de sentimentos e percepções.

Norma

Comments

  • chica
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    Que linda reflexão a Denise nos traz! Realmente o amor faz tudo melhor! Com ele percebemos detalhes, nos sentimos vivas. Sem ele, apagamos, murchamos e acinzentamos. Precisamos dele! E ele se percebe, se mostra também com os olhares que chegam do coração! beijos,lindo dia às duas!chica

  • Toninho
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    O que pode o amor em nossas vidas, é o que sempre nos leva a crer e buscar este sentimento, o mais profundo e lindo de todos,porque através dele que nos permitimos vivenciar outras tantas emoções. Aqui a força do olhar que faz radiografia do sentir, que dá a certeza do caminho a trilhar para uma relação que cremos sólida e duradoura, que por ela nos libertamos de sentimentos desagragadores, para uma vida de cumplicidade e partilha de momentos vários. O texto da Denise qualifica muito bem esta estranha e bela forma de falar silenciosamente na mudez, que a emoção alcança todo o coração, quando em o amor se manifesta entre dois seres com esta (r)evolução de almas. Muito lindo e sempre prazeroso estar a refletir sobre o amor,que jamais conseguiremos definir, mas que temos tudo para sentir e vive-lo plenamente. Parabens Denise e grato pela partilha.
    Esta amorosamente lindo o encontro hoje amiga Norma.
    Duplo abraçoa voces.
    Beijos.

  • Lisette Feijo
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    Bela escolha,beijo Lisette.

  • Roselia Bezerra
    Responder

    Olá, queridas Denise e Norma
    Esse diálogo, tao perfeito, me fez recordar uma conversa que tive há pouco no Mosteiro da fronteira com uma Irmã (religiosa) de 85 totalmente lúcida e atual, onde ela é realista: homem não olha pros olhos das mulheres… e nós, olhamos pros olhos dos homens em busca da verdade dele… ele tem o olhar voltado pro sexo diretamente… e isso é pura verdade… Claro que toda regra tem exceção… conheço poucos que não o fazem e as exceções me encantam… mas elas se vão pra a eternidade como a fumaça do incenso…
    Quando alguém me diz que as minhas pernas são lindas eu fico a imaginar que os meus olhos passaram despercebidos e têm atração para outros… que vêem com o coração como um “animal racional”…
    Em todo caso, não dou a última palavra pois é o meu parecer… pessoal… não fecho o assunto nem poderia… aberta à outras visões a gente se contempla muito mas não tenho visto nada de diferente na atualidade… é lastimável!!!
    Bjs de paz e obrigada por refletirmos com vcs duas sobre o Novo Jeito de Amar: olhando o mesmo Horizonte mesmo com visões distintas!!! Isso é incrível!!!
    Como é de impor´tância vital os olhos…

  • Elys
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    O amor é a força da vida. Quando está presente, o olhar, imediatamente o denuncia. Basta ter sensibilidade para ver.

  • Valéria
    Responder

    Oi Norma!
    Oi Denise!
    A beleza do tema está na sutileza do sentir. Ver além, falar e entender o silêncio deste diálogo que dito pelos olhos é profundo e chega a alma. É completo, pois diz mais do que os lábios poderiam dizer, falam com o coração.
    Beijinhos nas duas!

  • Norma Emiliano
    Responder

    Este é um diálogo em que a emoção flui. Sabemos que no cotidiano, após certo tempo de convivência pode se entender o outro pelos seus gestos, expressões, etc, mas este olho no olho nem sempre é contemplado pelos casais, infelizmente. No consultório, eles chegam, inclusive, “um de costa para o outro”, ou seja não se vêem mais, são afastados por um imenso muro, no qual os olhos não conseguem se alcançar.
    Na cumplicidade construida, o solo é fértil para esses olhos que se comunicam, sentem, vibram, transcendem.

  • Teresinha Ferreira
    Responder

    Olá Norma,
    Tudo feito com amor tem mais sentido. Os olhares cúmplices dizem mais do que mil palavras. Basta ter sintonia para entender e compreender o que eles dizem.
    Amei!
    Bons fluidos.

  • Beth Q.
    Responder

    Ai que tema lindo e tão bem abordado pela Denise!
    Realmente, quando sentimos este amor puro, verdadeiro, não precisa palavra alguma, basta encostar a cabeça no peito do outro e sentir o que vem de dentro.
    Gosto muito de encontrar pessoas que fazem estas reflexões filosóficas, também curto fazê-las, relembrar coisas que a maioria das pessoas, no dia a dia, na correria da vida, na mesmice de sempre, esquecem de trocar um com o outro. Adorei!
    beijos cariocas

  • Denise
    Responder

    Olá Norma e amigos – Chica, Toninho, Lisette, Rosélia, Elys, Valéria, Terezinha e Beth. Adorei as considerações de todos, como bem disse Rosélia, a gente amplia a visão conhecendo outras.
    A conversa que gerou esse relato breve que eu trouxe, abordou a forma um pouco inconseqüente com que tratamos nossas relações – todas elas! – a banalização dos sentimentos e a forma obtusa que acaba regendo nossas iniciativas, que, em geral, gastam o tempo tentando mudar os comportamentos alheios, avaliando tudo que está na superfície e pode ser visto. A gente pede para ser ouvido e quer ouvir, mas esquece de olhar para quem conversa, não sustenta o olhar e se ressente do silêncio que pode ser um maravilhoso comunicador…uma inversão de valores que preza as relações nas redes sociais mais do que as de dentro de casa…os toques hoje são em maior número nos botões das máquinas que substituem muitos abraços, e as pessoas acabam se perdendo de si e dos outros…
    A realidade leva aos consultórios uma parcela alarmante de famílias desestruturadas e casais “de costas um para o outro”, como disse a Norma.
    E nem é o amor que falta, e sim a maneira de expressa-lo, a baixa qualidade das interações, o tempo reduzido que dispensamos para conviver com quem amamos, o cansaço de esperar que as pessoas mudem e a desistência de fazer a própria parte. Enfim, esse assunto daria uma tese, desculpem, me alonguei…rs
    Para concluir, respondendo meu questionamento, acho que homens e mulheres têm a sensibilidade para esse diálogo de alma…já vi dentro dos meus, olhos que diziam o qie palavras não dão conta de dizer, e já observei muitos desses diálogos ao longo da vida. Homens também se emocionam às lágrimas, e isso é lindo de viVER!!!

    Obrigada, Norma, pelo acolhimento de sempre, obrigada pela interação que contribui para que pensemos juntos.
    Um beijo

  • Yasmine Lemos
    Responder

    Mil desculpas a Denise e Norma, ontem fiquei sem conexão ,não pude abrir nada , hoje voltou ao normal.

    Linda cumplicidade sem precisar de tantas palavras , coisas que só o amor sabe fazer
    beijos

  • Norma Emiliano
    Responder

    Diálogo de afetos; sensibilidades afloraram e conjugaram o verbo amar. Grata Denise que com sua sensibilidade nos despertou e motivou a manter as trocas. Grata a vc amigo (a) que nestas oito semanas vem agendando este encontro.

    Na próxima quarta, a querida amiga Valéria estará conosco, coroando nosso encontro com o vínculo maior que pode nos unir.
    bjs

  • Vanessa
    Responder

    lindo demais
    ^^

  • Calu
    Responder

    Norma e Denise, mil desculpas pelo atraso.

    Ainda bem que aqui está esta tocante reflexão reveladora deste momento único e intenso no qual duas almas conversam sem som, mas com vibrações sutis do Amor presente.
    Sou sempre interessada em “conversas” com esse cunho filosófico.
    Amei!Obrigada ás duas.
    Bjos,
    Calu

  • Denise
    Responder

    Olá Yasmine, Vanessa e Calu…a interação é contínua, permite apartes, retornos (que bom!!…rsrs) e revisitas…sempre bom falar e expressar amor, comunicar e trocar ideias!

    Obrigada pelo carinho, beijo pra vcs!

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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