Reverência a Terra

Stembro2009 007 

Iniciamos o mês de setembro, prenúncio da primavera.  Hoje, pouco reconheço as belas tardes ensolaradas e a brisa fresca da noite dos tempos idos.  As estações  estão mudando.

O homem vem se afastando do mundo natural, como se não  fosse parte dele. Com era tecnologica e processo indultrial,  a humanidade tem contaminado   a água , o solo que provém os alimentos, os rios, destruindo florestas e os habitats animais.

Em 1962, Rachel Carson, uma cientista norte-americana, lançou o livro denominado Primavera Silenciosa. Esta obra  é  uma expressão poética  e  foi também o estopim que deu forma ao movimento social que alterou o curso da História, pois segundo  Edward O. Wilson (escritor e cientista) “infundiu ao movimento ambientalista uma nova substância e significado”.

Nesta obra, a autora apresenta inúmeros documentos científicos de diferentes fontes,  inspirando a rede de tevê CBS a produção de um documentário que mostrava os efeitos nocivos do DDT à saúde.

Em função desta denuncia,  foi proibido o uso de DDT e ocasionou mudanças  nas leis que preservam o ar, a terra e a água, com a criação, em 1970, da Agência de Proteção Ambiental Norte-Americana.

A paixão de Rachel Carson pela questão do futuro do planeta   foi determinante para o lançamento do movimento ambientalista que  deu impulso à preservação dos ambientes naturais. Seu livro foi reeditado no Brasil em 2010.  (Fonte)

Sabemos que todos corremos risco de sobreviver. O maior problema   é  resolver as relações Homem-Terra, para  que se possa ter  equilíbrio com o Planeta.

 

Você tem  participado do  respeito ao ciclo de cada ser existente no planeta?

Um poema para reflexão

 

Desabafo da natureza

Minha resposta cairá sobre você e seus descendentes,
na fúria de meus furacões e tsunames,
arrasarei até o mais suntuoso já edificado,
enviarei a chuva ácida sobre suas cabeças insanas.

Provocarei instabilidade em seu clima.
Dos frutos que tanto almeja deleitar-se,
já não mais comerás.

Antes da sua invasão inconseqüente,
pairava sobre ti a calma brisa a passar pelo seu rosto.

Hoje, o que recebes são tempestades carregadas de fúria.
No seio de minhas florestas intocadas,
vivem meus animais amparados por minha incansável atribuição,
até o dia em que chegarão suas máquinas,
seus tratores guiados por seus operadores enlouquecidos.

Abraçarás sem piedade com seus laços de corrente
trazendo abaixo minhas filhas centenárias,
ao qual meu coração enchia-se de júbilo.

Já não existem mais,
paira sob suas águas um decomposto de dejetos químicos e humanos.

Até minhas reservas do líquido da vida,
guardadas e intactas há milhões de anos,
já foram descobertas.

Em sua pseudo intelectuidade,
já pensas na invasão quando isso for destruído.

Será, então, o começo do fim da sua soberania.

 (  Sebastião Donizeti Eugênio)  Fonte

Comments

  • Graça Pereira
    Responder

    Fico feliz quando alguem se interessa sobre este problema, debruçando-se sobre a relação Homem-Terra,,,precisariamos de muitos mais… As catástrofes que o significativo poema anuncia…já estão acontecendo …mas ninguem quer ver!
    Egoismo? Desinteresse? Desilusão? Não sei!
    A primeira regra é amar o nosso planeta…sem ela. não chegaremos a lado nenhum..
    Beijo
    Graça

  • josé cláudio – Cacá
    Responder

    A palavra “rural” hoje na sua acepção mais intrpinseca esta se tornando quase uma ofensa. Contradiçãodas contradições, nunca se falou tanto em meio ambiente, mas , na prática quase ninguem quer se ver ligado a uma roça, no sentido mais natural que isso possa ter. Estranho mundo não é? Parece que a natureza está se tornando exótica, uma espécie de museu a ser preservado. Muito boa esta reflexão, Norma! Abração. paz e bem.

  • Cíntia
    Responder

    É tão bom ver post assim, preocupada e fazendo sua parte nessa relação entre o homem e a natureza.

    E também vim te convidar para festa de 2 anos do meu cantinho, tem uma blogagem coletiva, bem legal!!

    beijos e te espero!

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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