Qual a função do amor para a mulher?

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“Enquanto que ela ama,

que ela for amada e necessária ao amado,

ela se sente totalmente justificada”.

Simone de Beauvoir

ZALCBERG, Malvine. Amor paixão feminina. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Campus/Elsevier, 2008

Homens e mulheres possuem lógicas diferentes sobre o amor que se construiu culturalmente. O fenômeno amoroso foi inventado no século XII e não teve a mesma inserção na vida de homens e mulheres.

Foi através do amor  que as mulheres (as pertencentes à nobrezas)  conquistam uma identidade social e descobrem o valor que as conquistas amorosas podem lhe oferecer.  Com as variadas representações do amor ao longo da história, as mulheres encontram novas definições para sua identidade social feminina, gerando a exaltação da vocação da mulher para o amor.

As conquistas dos movimentos de emancipação feminina não modificaram a forma como as mulheres, mais do que os homens, investem no fenômeno amoroso.

O que explica este culto feminino ao amor na atualidade? Segundo a escritora baseando-se   nas teorias freudianas,  esta explicação está relacionada à constituição da subjetividade da mulher. A mulher quer ser amada. “A fantasia de desejo da filha em relação ao pai existe e constitui  um fator importante na subjetividade da mesma”(…) Qualquer homem que a mulher amar na vida será um substituto do pai”.(p.14)

Mas o primeiro objeto de amor da menina é a mãe, o que cria uma maior complexidade na constituição da subjetividade feminina, que dificultará a sua separação e seguir seu próprio caminho como mulher.

“A mulher não nasce uma: deve tornar-se mulher num processo longo e complexo, uma identificação a sempre ser retomada” Simone de Beauvoir.

“As mulheres se apaixonam e procuram se realizar através do amor.”(p.50)

Norma Emiliano

Comments

  • chica
    Responder

    O amor faz bem a todos, homens e mulheres,apesar que as mulheres parecem ser mais dependentes dele. Todos queremos ser amadas e amar muito! E isso vem desde bebezinhos.Uma relação linda de amor pela vida afora1 bjs, chica

  • Élys
    Responder

    Uma bela página que fala do amor da mulher, esta obra prima de Deus.
    Beijos.
    Élys.

  • Will
    Responder

    Pertinentes e bem fundamentadas colocações, Norma.
    Não conheço sentimento mais capaz de realizar a primeira e a última instância do ser, que não o amor. Depois, é como escreve a Simone: “O que é um adulto? Uma criança de idade”.
    Abç!

  • Gracita
    Responder

    Boa tarde Norma
    O amor é sentimento sublime.
    É um acalanto para homens e mulheres apesar da forma como é sentido por um e outro. As mulheres são mais dependentes do sentimento e isso vem desde a gestação
    Um texto belíssimo
    Uma tarde linda para você
    Beijos

  • Vera Lúcia
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    Interessante o artigo, Norma.
    Creio, sim, que para a mulher o amor é o pico da realização. Sua busca pelo amor é mais idealizada e desenfreada que a dos homens, para os quais o amor parece ser fruto da casualidade.
    Beijo.

  • Marilene
    Responder

    Creio que a mulher tem mais disposição para o amor e o distribui com maior facilidade. Tudo é fruto da educação, que leva os homens a serem mais comedidos. Há uma conjuntura social envolvendo as necessidades humanas, nesse sentido. E as mudanças são gritantes, já que vemos homens dependentes do sentimento e mulheres voltadas para outras prioridades. Bjs.

  • Calu
    Responder

    Nas intricadas vertentes que buscam definição fiel para o amor, esse fugidio narrador, uma questão é inegável: “ele” destaca sua influência no gênero. Ao longo das décadas foi criado um arquétipo do amor na vivência das mulheres e na dos homens, sendo delineados comportamentos distintos na sociedade de antes e de agora.
    Conjunturas sociais metamorfoseiam o amor relacional.
    Quanto as demais existências do Amor, estas falam por si.

    Bjkas, Norma.
    Calu

  • Norma Emiliano
    Responder

    Oi Calu
    E como metamorfoseiam! A contemporaneidade é um ótimo exemplo. Vivenciamos várias modalidades de relacionamentos amorosos.
    Vc viu o filme Carol, não é atual, passa nos anos 50 e nele estão impregnados valores que oprimiam a manifestação do amor na questão de gênero.
    bjs

  • Toninho
    Responder

    Uma boa postagem que faz interessantes e curiosas reflexões sobre a mulher e seus sentimentos e historia. Cabe mais leituras e pesquisas.
    Bjs.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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