Possibilidades

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As histórias familiares coexistem dentro de nós

 

Na terapia familiar sistêmica reside a premissa de que os seres humanos fazem uma dança de adaptação em sua interação uns com os outros.

 Neste sentido, o ser humano se forma e constrói sua identidade através das suas interações, principalmente familiares, não nasce como uma folha de papel em branco, tendo em vista que as histórias familiares que o antecedem são partes daqueles que o gera e o recebe.

  A transmissão ocorre por intermédio das gerações. Essas forças transgeracionais atuam nas escolhas relacionais dos indivíduos, levando-os inconscientemente a buscar parcerias que se refletirão em seus conflitos internos.

 A transgeracionalidade se constitui em um dos aspectos relevantes para se compreender a dinâmica familiar através do tempo. Identificar essas influências é a possibilidade de lançar nova perspectiva às dificuldades relacionais existentes. Não temos como apagar nossa história, e se encarada corajosamente, não precisa ser revivida.

 Numa analogia popular, nos anos 70 o cantor compositor cearense Fagner fez a seguinte composição:

”Beleza só se tem quando se acende a lamparina
luminando a alma se entende a própria sina
E quando se vê o arame que amarra toda gente
Pendendo das estacas sob um sol indiferente
Beleza só depois de uma sangria desatada
Aberta na ferida dos perigos do amor
E quando se afasta a sombra
triste do remorso
Que faz olhar pra dentro para
enfrentar a dor…”

A reconexão com as forças familiares lança um olhar amplo, possibilitando que se teçam novas imagens através da justaposição dos elementos tradicionais e do moderno. A aceitação dos aspectos diferentes permite medir e equilibrar elementos na tomada de decisões que traçam o percurso da vida.

Sair das amarras dos padrões repetitivos abre novos raios de luz para as próximas gerações viverem e introduzirem outros recursos.

Norma Emiliano

Imagem Google

 

Comments

  • chica
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    Lindo e reflexivo post e como Fagner diz: Olhar pra dentro pra encontrar ou reencontrar a dor é preciso. ENCARAR, não mascarar!beijos,chica

  • Teresinha Ferreira
    Responder

    Olá Norma,
    Que bacana!!!
    Realmente, nascemos como uma folha de papel em branco e vamos absorvendo conhecimentos e aprendizados.
    Muito bom esse texto.
    Beijos mil

  • Norma Emiliano
    Responder

    Na teoria da terapia familiar consideramos que já no útero somos marcados pela transgeracionalidade, pois as expectativas já trazem muito dos valores e mitos familiares.Assim, a folha não está em branco, como sugerem outras linhas de pensamentos.

  • anne lieri
    Responder

    Oi Norma! Um excelente texto e reflexão!De fato numa familia sempre acontecem mudanças de geração a geração, devido a essas interações!bjs e boa semana!

  • Norma Emiliano
    Responder

    Anne, na realidade os padrões relacionais acabam se repetindo e para que ocorram mudanças, na maioria das vezes, torna-se necessário poder examinar o que está falhando para que novas possibilidades surgem.

  • Ilaine
    Responder

    Oi, Norma!

    Muito interessante seu texto.
    Acredito que somos muito o que nos é colocado no berço.
    Ainda hoje meu avô é um exemplo para mim.
    Ele pintou em minha folha cores lindas e fortes. Carrego-as comigo.
    Beijo

  • Élys
    Responder

    Creio que é , realmente necessário, mudar, aprender novos comportamentos para que deixemos um legado melhor para as futuras gerações
    Beijos.

  • Toninho
    Responder

    Com uma grande saudade venho para a dança, a dança onde nos encontramos e criamos este belo laço origem desta saudade.
    Que bom Norma poder voltar e encontrar uma bela postagem numa linda ilustração de imagem e musica.
    Beleza é estar de volta neste mundo maravilhoso.
    Um agradecimento especial pela preocupação externada e afagos enviados, que com certeza foram como alavancas para transpor as barreiras.
    Um carinhoso abraço amiga.
    Bjo de luz e paz no seu coração.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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