Poetando com

Mia Couto

Escritor moçambicano nascido em Beira, em 1955,

feto 9meses106

Espiral

No oculto do ventre,
o feto se explica como o Homem:
em si mesmo enrolado
para caber no que ainda vai ser.

Corpo ansiando ser barco,
água sonhando dormir,
colo em si mesmo encontrado.

Na espiral do feto,
o novelo do afecto
ensaia o seu primeiro infinito.

No livro “Tradutor de Chuva

Comments

  • chica
    Responder

    Poema lindo, escritor maravilhoso! bjs, chica

  • taislc
    Responder

    Também achei lindo e o escritor é maravilhoso, vi que disse o mesmo que a Chica!! rss
    Essa do enrolado… nada mais certo! E para sempre…
    Beijo!

  • toninhobira
    Responder

    Mia é iluminado, linda sua partilha.
    Linda visão da infinitude.
    Uma semana maravilhosa e bela.
    Bjs.

  • Calu
    Responder

    Mia, sempre surpreendente em todas as suas criações; veia poética naturalmente eloquente.
    Tocante! Grata pela partilha, Norma.
    Boa semana.Bjos,
    Calu

  • Ailime
    Responder

    Boa tarde Norma,
    Muito belo este poema!
    Mia couto é fabuloso.
    Beijinhos,
    Ailime

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

%d blogueiros gostam disto: