Poetando com
Florbela Espanca
Imagem Net
*
Desejos vãos
“Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz imensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até a morte!
Mas o Mar também chora de tristeza …
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras … essas … pisa-as toda a gente! …”
Norma
Comments
Gracita
São tantos desejos!
Quiçá pudéssemos realizar todos mas o que conseguirmos já ficamos no lucro
Belíssimo poema!!!
Um domingo iluminado
Luconi
Um poema extremamente belo, mostra-nos que tudo tem dois lados, que nada nesta vida é só flores e os espinhos muitas vezes são inevitáveis. Norma meu anjo depois da passagem repentina de meu irmão afastei-me definitivamente sem coragem pra continuar, ontem fiz uma postagem e hj visito amigos, tendo sair da concha e acostumar-me a mais esta ausência, bjos Luconi
Toninho
Que bela partilha neste soneto da Flor.
O ultimo verso é de uma profundidade imensa.
Lindo demais Norma.
Semana maravilhosa amiga.
Abraços e beijo de paz.
Socorro Melo
Sou fã da Florbela Espanca. E essa poesia é muito bonita. Tem uma leveza, uma musicalidade, e como bem diz o Toninho, uma profundidade. Obrigada por partilhar conosco.
Paz e bem!
marilene
Belíssima escolha! Nada contém apenas beleza, mas podemos optar por manter os olhos nela. Bjs.