Poetando com

Pablo Neruda

flor

TALVEZ

 

“Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos…
E por amor
Serei… Serás… Seremos…”

Comments

  • chica
    Responder

    Que bela companhia para poetar! Neruda é sempre Neruda! Lindo! bjs, ótimo março! chica

  • marilene
    Responder

    Sempre me encanto com os versos de Neruda. São para ser lidos e relidos. Tocam. Bjs.

  • Toninho
    Responder

    Neruda por Neruda sempre num belo canto do amor além do olhar para as estrelas tão somente.
    O final é magico.
    Linda partilha neste momento poético.
    Beijo

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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