Para sempre?

Estes… Fragmentos esparsos, perdidos no tempo da minha memória…” Marilene Krom

Em menina, nos contos de fadas, gostava quando chegava ao fim da história e lia: foram felizes para sempre.

Na minha vida adulta, quando ouvi, de um dos meus médicos, para fazer o uso de um determinado medicamento para sempre, tive um sentimento de espanto; pensei: até que a morte chegue.

Estas lembranças me inspiraram a abrir meu baú de histórias sobre quais as crenças de minha família estariam influenciando em meus pensamentos, sentimentos e comportamentos em relação ao que tem inicio, mas não tem fim enquanto se está vivo.

A primeira memória foi do meu avô paterno, quando eu tinha, talvez, três  ou quatro anos, com problemas cardíacos sentado na varanda numa cadeira de balanço, e ouvia  que não teria cura. E, realmente, em pouco tempo, para mim, ele se foi; eu não mais o veria.

Mas, mudando o rumo das lembranças, algo que me marcou, foram os casamentos dos avós, tios e pais que estiveram unidos até que a morte os separou.

Assim sendo, quando, resolvi casar, esse era o meu firme propósito e que originou a forma de escolhas na resolução de questões conjugais; a ponto de só ter podido tomar a melhor decisão, após um sonho com minha avó paterna, no qual ela conversava com meu pai e acolhia a separação. Senti-me liberta.

Enfim, as crenças exercem forças conscientes e inconscientes que podem limitar a vida, impedir mudanças para se enfrentar e se adaptar a novos contextos. Contudo, da mesma forma como se cria, pode-se modificá-las. O primeiro passo é tomar consciência delas.

Você se lembra de alguma frase ou palavra que represente uma crença em sua vida? Conseguiu alguma estratégia para modificá-la?

Obs: crenças: são as coisas em que você acredita e como percebe a realidade. As crenças familiares são representadas por tudo aquilo que o indivíduo ouve dos pais e observa em seu sistema familiar

Aproveito para comemorar o Dia Nacional da Família, amanhã 08/12 que foi instituído pelo Decreto nº 52.748, de 24 de outubro de 1963. Dia também da Imaculada Conceição.

Família a mais bela flor da minha vida.

Grata por sua visita sempre bem-vinda

Norma Emiliano

Comments

  • Rosélia Bezerra
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    Bom dia de paz, querida amiga Norma!
    Muito bom seu post.
    Ficar pregado na cruz por termos aprendido certas convicções ultrapassadas onde não se é feliz é uma barbaridade.
    Tampouco se descartar sem prudência por modernismo de que a fila anda é falta de sensibilidade pelos sentimentos ao outro.
    Há sempre que se por em discernimento para que não comentamos erros fatais no do nosso semelhante que o destrói para sempre.
    Tive um alívio muito firme em meu viver que é herança familiar: hei de vencer…
    Tenha dias pré Natal abençoados!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

  • chica
    Responder

    Que lindo texto e tuas reflexões pela vida afora. Eu também cresci ouvindo que casamento era para vida toda…Sonhei com isso e ainda bem já em janeiro, completaremos,SE DEUS PERMITIR, 53 anos de casados. Mas nem sempre assim é e creio que cabe a cada um decidir o melhor pra si. Tive entre os filhos casamentos, separações, uniões boas, outras nem tanto, mas a felicidade dels e da família é que nos faz felizes também! beijos, linmdo dia! chica

  • Ailime
    Responder

    Boa tarde Norma,
    Uma reflexão muito interessante.
    Há situações que me traumatizaram na infância mas, sobre crenças, na minha família, não havia o hábito de falar.
    De facto sobre o assunto testemunho não posso dar.
    Beijinhos e continuação de ótima semana.
    Ailime

  • Ana Freire
    Responder

    Uma belíssima reflexão sobre o tema!
    A minha mãe repete com bastante frequência uma frase… quando Deus quer tudo é possível! E ainda que eu não seja crente… já presenciei alguns acontecimentos, que desafiariam a lógica da pura razão, se por ela fossem explicados… talvez tudo possa ser mesmo possível… e quando não o é… talvez seja por obedecer, a algo que transcende a nossa compreensão… no imediato, pelo menos…
    Beijinhos, Norma! Continuação de uma feliz semana, e um óptmo Dezembro, para si e todos os seus!
    Ana

  • verena
    Responder

    Eu sempre quis casar e ter filhos, Norma.
    Achava a vida de filha única muito chata.
    Deus ouviu minhas preces e me presenteou com 3 filhos maravilhosos.
    Neste Natal estaremos todos reunidos e isto muito me alegra.

    Karol me presenteou com o seu livro.
    Estou aguardando a chegada.

    Um beijinho carinhoso
    Verena.

  • toninhobira
    Responder

    Crenças e frases que nos acompanham e às vezes até nos moldam.
    Uma frase que martelava minha cabeça, era quando ia ao confessionário e o padre dizia sempre: vá e não peque mais, eu bem que tentava não repetir os pecados, mas eles eram tão decorados que teria que repeti-los, rsrs.
    Uma bela postagem com reflexão Norma.
    Beijo e feliz fim de semana.

  • Majo Dutra
    Responder

    E comemorou muito bem, Norma.
    Muito tem feito para dignificar e apoiar a família que deve ser um lugar de paz e harmonia e só assim merece ser vivida.
    Ótimo fim de semana. Beijos
    ~~~

  • taislc
    Responder

    Gostei muito do seu texto, Norma, tive como exemplo, o casamento e o amor de meus pais até o dia em que a morte os separou. Um ano depois minha mãe faleceu, entrou no hospital com AVC e fiquei com ela, de mãos dadas na emergência e depois no quarto. Segurava minha mão, e com o polegar apontava para cima, queria dizer que iria juntar-se ao meu pai. Triste, muito, viveram toda uma longa vida juntos, cuidaram da família, muito, e os cuidados entre os dois foi exemplo que ficou na família.
    Muita saudades deles, muitas! Um amor eterno.
    Um feliz fim de semana,
    beijos!

  • rudynalva
    Responder

    NORMA!
    “Crer é tornar possível, o impossível”
    cheirinhos
    Rudy

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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