O amor além da ilusão

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O ser humano tem  uma incompletude que nenhuma união consegue preencher,  e a expectativa de se “encontrar  o outro lado da laranja” provoca limites na construção e/ou manutenção de parcerias.

O terapeuta de família Bert Hellinger afirma que ‘quanto mais profundo e duradouro for um relacionamento, mais a morte o penetra e faz parte dele“(p.67). Em suas explicações ele aponta que todo relacionamento íntimo é arrastado pelo tempo, citando como exemplo o nascimento dos filhos que tira a liberdade do casal. Contudo, enfatiza que se abre um espaço para o que virá posteriormente, ou seja,   o relacionamento toma outra direção e a intensidade da união original vai decrescendo. Neste sentido, há o confronto com  a realidade que livra o casal das fantasias quanto ao que o amor pode ser e, assim,  pode-se prosseguir num nível mais sólido. “Quando a união do casal volta à terra e se faz mais modesta os parceiros encaminham para a morte e saúdam”, deixando-se assim de temer a perda e a morte.

Plenitude (verso) p. 68

(…)”Contudo, nada do que foi pode realmente desaparecer.
Ele permanece porque existiu.
Embora já seja passado, seu efeito persiste
E aumenta graças ao novo que se lhe segue
Como uma gotícula que caí da nuvem passageira,
Dissolve-se num oceano eterno”.

(…) A experiência não vivida vai se perder para sempre”.

Em sua conclusões “À medida que a roupagem das esperanças irrealistas vão sendo depostas, os parceiros ficam mais expostos, podendo ser vistos e amados – e ver e amar – como são.”

Referência Bert Hellinger. A Simetria oculta do amor,1998.

Comments

  • toninhobira
    Responder

    Interessante as colocações do Bert no inicio com a afirmativa paradoxal.
    E bem refletindo os passos são perfeitamente assim nesta difícil arte de sobrepor as ilusões.
    Boa partilha neste amor além das ilusões.
    Bom domingo Norma.
    Bjs.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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