No adolescer

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Como lidar com o adolescer?

Um período de várias transformações onde quase tudo se renova

No adolescer, a mudança de comportamento dos jovens perturba os pais. Há o estranhamento para com o filho e uma desacomodação na forma anterior da comunicação familiar.

 É uma fase de transição dos corpos, desejos, pensamentos e emoções. As novas experiências geram dúvidas e ousadias. Alguns fatores são comumente observáveis no adolescente como rebeldia, impulsividade, contestação às regras, abuso de bebidas, entre outros.

 É difícil para os pais entenderem as mudanças como própria da etapa e alguns começam a encarar as atitudes dos filhos como pessoais.

 A novela Amor a Vida traz alguns exemplos da complexidade de se lidar com os filhos adolescentes e, principalmente, quando o modelo familiar não se constitui como o tradicional.

 No caso da personagem Paulinha, a trama apresenta a dificuldade da adolescente em lidar com seus desejos e suas lealdades que se encontram divididas entre os dois pais. Os jovens precisam ser compreendidos em suas mudanças, no entanto isto não significa falta de limites.

 A família é o porto seguro, é depositária das ambiguidades que o jovem experiencia e a falta de tolerância, a agressividade fecham os caminhos da possibilidade do diálogo tão necessário e da expressão da afetividade amorosa entre pais e filhos.  Os pais devem proporcionar a aceitação do adolescente.

 Muitos pais são atormentados pelas suas próprias histórias da adolescência e acabam misturando seus papéis e não se colocando no lugar da autoridade tão importante para o aprendizado do jovem em relação aos seus direitos e deveres. Neste momento, a hierarquia precisa ser remarcada e as regras revistas para que a saúde e a  segurança sejam os principais focos de atenção.

Tanto o rigor excessivo quanto a permissividade causam transtornos para todos os membros familiares e prejudicam a afetividade e o processo de educação

Na terapia de família busca-se ajustar o relacionamento familiar no sentido de ajudar aos pais a abrirem mão da infância dos filhos e da busca da individualidade em formação do adolescente que precisa aprender olhar para si e seus sentimentos  e, aos poucos,  saber lidar com impulsos.  Portanto, a comunicação familiar, o entendimento mútuo entre pais e filhos e a aceitação da autonomia do adolescente é a meta da  Terapia familiar nessa etapa de vida do ciclo familiar.

Norma Emiliano

Comments

  • chica
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    Norma, um tema lindo esse e essa fase há de se saber lidar! Tantas transformações, tantas mudanças de comportamente, ambientes, tudo… Mas com jeito, tudo dá certo! beijos,linda semana! chica

  • Lúcia Soares
    Responder

    Ótimo, Norma. Ontem falava sobre isto,com um sobrinho, cuja filha está com 12 anos e nitidamente começando a passar para esta fase. Ele está assustado, desnorteado, acho que pensou que ela seria sempre a “sua menininha”.
    Eu criei 3, mas como eram muitos primos das mesmas idades, acho que conversavam entre si, tiravam dúvidas, e foi uma transição tranquila. Também era atenta e embora não conversasse livremente sobre tudo, eles sabiam que estávamos ali, para o que precisassem. Acho que a presença dos pais é indispensável (ou de adultos que os amem e em quem confiam).
    Beijo e boa semana.

  • Natália
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    Olá Norma
    Vim agradecer a sua visita ao meu blog e lhe desejar uma ótima semana.
    Beijos

  • Beth Q.
    Responder

    Norma, como é difícil esta fase, tanto para nós que temos que saber lidar com os jovens, como para eles mesmos, confusos diante das mudanças.
    Pra dizer a verdade, não sou lá muito boa em dialogar com adolescentes, fico de saco cheio porque é tanto ‘eu odeio isso, odeio aquilo’. kkkk
    Tenho uma sobrinha nesta fase e está bem chatinha.
    um beijo carioca

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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