Fuga

mirrormadness

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A ilusão de que fatores externos podem substituir a inquietação interna surge comumente nas primeiras sensações e percepções do bebe. No decorrer do tempo a educação voltada para o exterior, para o acúmulo do conhecimento provocam a alienação da realidade.

Viver de aparências é destruir seu próprio Eu. Quantas vezes encontramos pessoas que nos parecem extremamente calmas, mas seu interior é  conturbado. Quanto mais de foge dos próprios sentimentos  mais se perde  a própria essência.

No atendimento clínico observa-se a grande dificuldade do confronto com as dores dos desafetos que se transformam em sintomas (síndrome do pânico, angustias, depressão, alcoolismo entre outros). Muitos buscam distrações, outros,  atividades autodestrutivas para não se conectar com suas dores. Esta  questão, frequentemente, precisa de ajuda externa para que se encontre a harmonia e se dê sentido a vida.

Norma Emiliano

Comments

  • toninhobira
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    Pois é Norma, há muito tempo li que quem foge acaba sempre por fazer o contrário. Agora lendo esta fuga reforça ainda mais a afirmativa acima. Saber como enfrentar esta fraqueza, este “fantasmas” da mente é uma situação complexa e muitas vezes ignorada pelos familiares e muitas vezes pela falta de acesso, quando a pessoa se tranca no problema e busca sozinha achar uma saída, que pode ser inglória.
    Muito bom mais este texto e lembrete geral de que estar atento aos comportamentos é fundamental, pois as máscaras não duram mais que um carnaval e pode ser fatal sua queda.
    Valeu e grato por sempre partilhar momentos importantes de sua área.
    Abraços com carinho.
    Bjs.

  • Anete
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    Uma imagem e texto reflexivos. Fugir não é um bom caminho, precisamos sondar sempre os pensamentos e sentimentos com coragem. Também as motivações devem ser interpretadas com atenção.
    Um exercício diário de posicionamento interior, não é mesmo? Ter a consciência tranquila é importante.
    Gostei muito de refletir aqui e agora…
    Um abração neste sábado do Ano Novo…

  • misturebasblog
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    Sempre achei que a fuga nada resolve.Enfrentar sim! Gostei do texto e reflexão bjs praianos,chica

  • Gracita
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    A nossa mente tem inúmeras janelas e na maioria das vezes não sabemos como administrar nossos conflitos e as janelas traumáticas se inserem no nosso eu e nos faz interiorizar nossos fantasmas e conflitos gerando sensações de pânico diante de situações corriqueiras do cotidiano. Quando estas janelas se instalam no nosso inconsciente precisamos de ajuda e nessa hora que o terapeuta é imprescindível para nos ajudar a encontrar a chave que está nos privando de viver uma vida saudável e equilibrada.
    Um texto fantástico Norma! E da sua leitura fazemos uma internalização e uma profunda reflexão acerca do que nos assombra e do quanto é necessário procurar ajuda especializada para a nossa saúde física e mental.
    Um ótimo domingo e uma boa semana
    Beijos

  • taislc
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    Exatamente; numa análise vai-se direto ao problema nosso, coisas a resolver dentro de nós e não no outro, como sempre se leva: fulano fez isso e aquilo! Mas na verdade o que interessa é o nosso comportamento, os porquês das questões. O centro de uma terapia somos nós e não os outros, portanto é fuga. Penso eu, querida Norma, que o que temos de mudar são nossas reações, e não a dos outros. Claro que a escolha de entrar no confronto, numa fria, será minha! É fácil e nada produtivo colocar a tempestividade da nossa reação no outro.

    Beijo, ótima reflexão, aliás, como sempre.

  • Ailime
    Responder

    Boa tarde Norma,
    Um artigo muito importante.
    Enfrentar a realidade é óptimo para os nossos desafios durante a vida, mas determinados acontecimentos na infância como a falta de afecto, por exemplo, vão-nos condicionar muitas vezes inconscientemente e aí parecem os medos, as inseguranças que nos limitam a vida e, por consequência, a necessidade de ajuda. Um assunto ao qual sou bastante sensível.
    Um beijinho.
    Ailime

  • Socorro Melo
    Responder

    Olá, Norma!

    É importante sabermos lidar com nossos temores, com nossos nós, e quando não soubermos como, buscar ajuda externa, especialmente de um profissional qualificado. Fugir nunca foi ou será a saída, é somente mais uma forma de aumentar e mascarar o sofrimento. Ótimo artigo.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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