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Reedição

A realidade é feita de tudo que se acredita e/ou se imagina.

A família, o casal ou o indivíduo chega ao consultório trazendo em suas expressões faciais e corporais, suas dores. Suas queixas trazem os obstáculos que a vida lhe produz e a forma como são percebidos e enfrentados.

O foco da visão clínica do profissional que se baseia nos fundamentos da Terapia Familiar Sistêmica é o inter-relacional. Assim sendo, de acordo com esta perspectiva, a terapia não é uma intervenção centrada em um indivíduo “doente”, mas um ato de participação e crescimento num grupo com uma história. (Andolfi, 1989). Desta forma, o individuo é visto como produto de suas relações e a família é considerada uma unidade, em que todas as partes estão ligadas, interagindo- se. Portanto, para compreender o indivíduo e os seus problemas realiza-se uma apreciação do seu contexto familiar.

De acordo com Groisman (1991)“observando-se o funcionamento da família, percebe-se que, ao invés de um dos membros representá-la, cada um deles começa a falar de si mesmo entrelaçando o outro na comunicação. É o encontro do comigo com o consigo”.

O processo terapêutico ocorre em um trabalho conjunto (entre o cliente e o terapeuta), tendo como foco a autonomia, que engloba o pertencer (fazer parte) e separar-se (individuação); o desenvolvimento da consciência do padrão de funcionamento, de suas dificuldades, das escolhas e responsabilidade  e a mudança do que ocasiona as questões (pautas disfuncionais). Assim, favorece-se uma variedade maior de estratégias de funcionamento.

No tratamento ganham destaque as relações do indivíduo consigo mesmo e entre os indivíduos. Cada cliente é um universo único. Sua visão de mundo, de si próprio e de suas relações precisa ser compreendida sem contaminação das experiências do terapeuta.  Cada ser humano enfrenta as diversas situações da vida de forma peculiar, tendo em vista que as interpretações e reações baseiam-se na história de vida, nas crenças e nos valores.

As intervenções do terapeuta ocorrem através da comunicação verbal, de exercícios reflexivos, da prescrição de tarefas e da relação terapêutica. Nas sessões a relação terapêutica é relevante como modelo de mudanças.

A diferença deste enfoque é que o sintoma é visto como ponto de partida, tendo como foco as relações que o produzem e o mantêm.

O encontro e o diálogo possibilitam a apreensão da atitude do homem como ser relacional. O processo terapêutico favorece ao cliente (família, casal, indivíduo) ter uma visão global da situação e uma preparação para elaborar um caminho próprio com base na sua liberdade de escolha.  .
Não se podem transportar as experiências pessoais, percebê-las como comum a todos.  Elas são tão singulares que o máximo que se pode fazer é senti-las em sua plenitude e transformá-las em fonte de aprendizado para o crescimento pessoal e relacional.
Norma Emiliano

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