Dia das mães

Laços das entranhas

No retorno à infância, recortes de brincadeiras me chegam; duas eram solitárias, cuidar das bonecas (mudar roupinhas, dar banho, ninar) e outra de montar uma sala de bonecas para dar aula.  

O real e o imaginário se unem no brincar. Inconscientemente, a criança insere no mundo externo conteúdos internos.

No decorrer da adolescência para vida adulta meu maior estímulo era o estudo para alcançar um trabalho que viesse a me dar independência financeira. Assim, segui e obtive a conquista da graduação em Serviço Social e logo após o emprego dentro da área. Neste caminho encontrei o amor e realizei planos para casamento sem prejuízo da vida profissional.

Uma segunda etapa, na vida em comum ainda não planejava a maternidade, mas aconteceu com certa dificuldade de aceitação, que com o primeiro movimento do feto desapareceu. O nascimento da primeira filha me fez Ser mãe.

Na segunda filha, muito desejada, tive que ter persistência para que ela viesse ao mundo após espaço de cinco anos da primeira. Duas filhas, amores incondicionais da minha existência.

Com minhas filhas, ficou claro para mim que estes laços são das entranhas. Não sei como foi o sentimento da minha mãe ao gerar três filhas, mas vivenciei até a sua partida o quanto se dedicou a este papel, colocando-o acima de tudo.

Neste dia, sempre agradeço pela mãe que me gerou, me cuidou e me amou; transmissora deste meu afeto que dedico às minhas filhas e se esparramam por nossas vidas.

Em homenagem a todas as mães, meu poema:

 Mãos mornas

 E a brisa trouxe
 Uma delicada
 Carícia.
 Preenchendo-a
 de lembranças

 Ah! Saudade
 Do sorriso leve
 Toques suaves
 de mãos mornas
 de amor maternal

 O som de uma
 Palavra a desperta,
 Mamãe! Mamãe!
 E com mãos mornas
 A acolhe. 

Homenagens póstumas à minha mãe

Feliz dia das mães

Grata por sua visita

Norma Emiliano

Comments

  • chica
    Responder

    Linda tua história de maternidade,Norma e tua poesia fala ao coração! Realmente ese amor é das entranhas…beijos feliz dia! chica

  • Gracita
    Responder

    Que linda e comovente a sua homenagem Norma
    Nenhuma língua é capaz de expressar a beleza e a força de uma mãe. Feliz Dia das Mães!
    Beijinhos

  • Rosélia Bezerra
    Responder

    Feliz domingo do dia das mães, querida amiga Norma!
    Mãos termas… Quentinhas de calor humano.
    Bem assim… E muito perdão sempre que
    ou se precisarr.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

  • Fê blue bird
    Responder

    Que linda e sentida homenagem, á sua mãe, á sua infância terna.
    Emocionei-me com o seu poema, porque também já não tenho o consolo, de ter as mãos mornas da minha mãe, a acariciar-me.
    Obrigada por este momento!

    grande beijinho

  • toninhobira
    Responder

    Uma vida de determinação faz uma bela historia desta Norma.
    Ser mãe é entrar num mundo todo diferente do até então conhecido.
    Parabéns pela mãe, pela poetisa nesta bela homenagem.
    Meu carinhoso abraço com terna admiração.
    Beijo e feliz semana leve e alegre.

  • Fá menor
    Responder

    Muito belo, Norma!
    A maternidade nos vincula aos nossos filhos de entranhas, alma e coração. Só quem é mãe o entende. O bem deles e o mal que os afecta, sentimo-lo em nós. Como costumo dizer: se os meus filhos estão bem, eu também estarei.

    Beijos.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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