Blogagem Coletiva- sentimentos

 

perdao

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Este texto é a minha participação na Blogagem Coletiva  Emoções e Sentimentos com o tema  Perdão  sob a organização de Glorinha do blog Café com bolo.  

Aproveito, para  agradeçer a  Glorinha por nos dar essa oportunidade de  conhecermos tantas pessoas e  melhor conhecermos uns aos outros.

 

O seu perdão não tem o poder de liberar a dívida do outro, mas tem o poder de liberar você”. R.A.

 

Nos relacionamentos lidamos com as diferenças pessoais e há situações cotidianas que nos causam sofrimentos.  Todos desenvolvemos mecanismos de defesa, armas que usamos para nos defender ou atacar. No entanto,  alguns ingrediente são indispensáveis na construção da saúde mental,  entre eles a capacidade de perdoar.

Por outro lado, os fatos passados são inapagáveis, mas o sentido do que nos aconteceu, quer tenhamos sido nós a fazê-lo, quer tenhamos sido nós a sofrê-lo, não é definitivo. Os acontecimentos do passado permanecem abertos a novas interpretações. Podemos mudar a carga moral, o seu peso de dívida. É necessário atualizar as dívidas que se acumulam ao longo da vida

A partir da década de 80, encontramos  um crescente interesse a respeito da psicologia do perdão, Atualmente, estudos já mostram que o perdão faz bem para a saúde. Leia aqui

O que significa  perdoar?  É uma palavra grega e significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação. Segundo a enciclopedia wikipédia “o perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa, decorrente de uma ofensa percebida, diferença ou erro, ou cessar a exigência de castigo ou restituição”. Assim sendo, ao perdoar, abro mão de ser juiz; reconheço que o outro errou, reconheço a dívida que o outro tem comigo, mas me dou conta que não sou eu que devo cobrar o que ele me deve.  Portanto, o perdão é o contrário do esquecimento de fuga; não se pode perdoar o que foi esquecido. O que deve ser destruído é a dívida, não a lembrança.

Não  devemos confundir o perdão com “o passar a mão na cabeça”, não por limites, pois o perdão não libera o outro da sua responsabilidade em relação aos seus atos.

No processo de cura interior  no curso do perdão, os sentimentos profundos (ira, amargura, mágoas, entre outros) precisam ser confrontados e esgotados. A cicatrização varia de indivíduo para indivíduo.  Ao perserverarmos em nossa decisão de perdoar, os mecanismos de defesas também se alteram, tornam- se mais aperfeiçoados e amadurecemos como pessoa.

O perdão hoje não é apenas mais um dogma religioso, mas uma importante orientação terapêutica.

“O que mais importa não é o que fizeram conosco, mas, sim o que nos fazemos com aquilo que conosco fizeram” Jean Paul Sartre.

 

Fonte:

Psicologia do perdão. Fábio Damasceno, IFC Editora, 1998

Perdão, uma questão de inteligência. James Well

Norma

Comments

  • chica
    Responder

    Quemsabe perdoar, acresenta vida à sua vida…Linda participação!beijos,chica

  • Ana Karla Misturação-Misturão
    Responder

    Quando perdoamos ficamos bem com nós mesmos.
    Saio daqui mais apurada.
    Xeros!

  • Sonia Beth
    Responder

    Norma, interessante : escrevi sobre perdão e valores, mas não tinha feito correlação com dividas, no sentido que voce colocou. Obrigada, amiga.

  • Isadora
    Responder

    Norma, sem dúvida o ato de perdoar é o melhor que podemos fazer por nós mesmos. Liberar alguém de uma dívida, que muitas vezes apenas nós achamos que existe é libertador.
    Um beijo

  • Alexandre Mauj Imamura
    Responder

    Achei bonito o texto Norma. Gostei.

    Eu gostei também do seu parecer no meu blog, mas…confesso que pra mim não dá pra seguir um comportamento assim, digamos, tão maravilhoso e perfeitinho não. Nem sempre o buraco é tampável.
    Quem me magoa eu me afasto. Isso me ajuda justamente a não remoer a mágoa.
    Se ficar perto, a mágoa volta. Por mais bonitinho que seja perdoar e esquecer, nem sempre isso é possível, pelo menos para mim que sou uma pessoa normal.

    mas enfim, que caminhemos à evolução!

  • Lúcia Soares
    Responder

    Norma, perdoar nos liberta mais do que ao que estamos perdoando, pois, afinal, ele é que é o autor do mal feito.
    Não vivi situação de ter que perdoar, mas de desculpar. Desculpamos a pequenos feitos, nada que seja muito grave.
    Se precisar, prefiro perdoar. Pedir perdão é assumir que errou grnde e faço de tudo pra não agir assim.
    Espero sempre estar bem com todos.
    Beijo!

  • Nilce
    Responder

    Oi, Norma

    Quando conseguimos perdoar, tudo que remoemos em raiva desaparece. Podemos não esquecer, mas o rancor desaparece e nos tornamos bem melhores.
    Gostei muito do seu texto.

    Bjs no coração!

    Nilce

  • orvalho
    Responder

    Oi, querida
    Acredito, piamente, que seja mesmo um processo espiritual ao qual todo somos convidados…
    Um bj em seu coração.

  • Glorinha Leão
    Responder

    Oi Norma, eu sou quem tenho que agradecer a todos vcs que abrilhantaram essa blogagem. Concordo que o perdão nos liberta. Tb penso assim e tenho procurado agir assim na minha vida. beijos.

  • Beth Q.
    Responder

    É mesmo, NOrma, as pessoas que não perdoam, que guardam mágoas, ressentimentos, são muito amargas e parecem atrair doenças psicossomáticas.
    Esse negócio de perdão é mesmo difícil para nós humanos, porque às vezes dizemos que perdoamos, mas fica lá aquele ranço, as lembranças.
    O bom mesmo é viver a vida com cuidado para nunca ter que pedir perdão. Mas se tiver, que seja de coração.
    bjs cariocas

  • Meru Sami
    Responder

    Oi, Norma!

    ” Perdoar é uma questão de inteligência”… De fato, visto que quem mais se beneficia pelo perdão é quem perdoa.
    Muitas pessoas pensam que perdoar é esquecer, e até cobram: ‘ se você não esqueceu é porque não perdoou!’. Concordo que o perdão não é fingir que o outro, ou nós não cometeu um erro, mas insentar de ‘ pagamento’ pelo ato seja de que natureza for.
    É interessante que perdoar é bem mais fácil do que se imagina, pois conheci poucos que não perdoaram ante um pedido sincero.
    Lindo post.

    Um beijo.

  • josé cláudio – Cacá
    Responder

    Uma coisa legal dessa blogagem coletiva é a gente ir juntando fragmentos de pensamentos vários e se postar na condição de observador privilegiado. São tantos bons textos que ajudam bastante a formular opiniões. Eu acho uma dificuldade enorme em definir alguns sentimentos demasiadamente humanos tais como ódio , amor, perdão… Acho que o extremismo deles em nossa alma dificulta muito o equilíbrio , a busca dos meios termos. Mas vamos aprendendo. Muito bom, Norma. Meu abraço. Paz e bem.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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