Amar

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 Sobre o amor

“Quanto mais nos conhecemos, mais temos a oferecer a  outra pessoa”.   Dimas Calegari

Quem sou? Para que estou? São indagações que acompanham o indivíduo no desenrolar do seu ciclo de vida. Muitas são as teorias que fundamentam essas buscas.  Na perspectiva sistêmica cada pessoa forma sua bagagem pessoal através de suas experiências ao longo do seu desenvolvimento e da transmissão familiar. As interações familiares constroem a identidade do indivíduo bem como influenciam o encontro do significado para sua existência.

 O amor nos revela; é a expressão da nossa forma de ser e estar no mundo.

 “A infância é o chão sobre o qual encaminharemos o resto de nossos dias”. Lya Luft. O recém nascido é dependente. Seu referencial será aqueles que lhe cuidarem. Nesta perspectiva, através da interação com os diversos membros familiares que o indivíduo forma sua autoestima, aprende a se relacionar e amar.

 “O amor é uma emoção, mas é também uma resposta a uma emoção. É uma expressão ativa do que se sente”. DC. Assim, a forma como cada pessoa aprende e expressa o amor está diretamente ligado aqueles que no seu ambiente lhe ensinaram. Recebemos um modelo de amor. É na infância que ficam registrados os elementos positivos, ou seja, aqueles que são aceitos pelos sentimentos e crenças familiares e são recompensados. Estes serão agregados ao comportamento da criança.

Cada homem aprendeu e continua amando de uma forma particular. Desta forma, precisamos levar em consideração que ninguém pode dar aquilo que não possui; ninguém pode apreciar aquilo que não aceita. Pode-se dizer “Te amo” de muitas maneiras: com gestos, presentes, etc., mas nem sempre o outro reconhece a mensagem pelas diferenças no modelo de amor e dificuldade de se sentir amado.

A maior parte das questões amorosas está ligada à frustração do desejo de ser amado.  A maioria das pessoas acredita não ter recebido amor suficiente na infância e por mais que busque ou receba não se sentirá satisfeita. Portanto, o reconhecimento do amor recebido é que permite que o amor próprio floresça e haja a possibilidade do dar e receber. O amor próprio gera o sentimento de pertinência a vida, o desejo de troca criando o solo fértil para o amor íntimo e para o amor familiar.

 O amor próprio adulto respeita e ama o seu próprio Eu e o do outro. Respeita o que pode ser recebido e ser oferecido, uma vez que no amor o equilíbrio entre o dar e o receber é vital.

 Neste sentido, o amor não acontece. É uma interação que envolve responsabilidade. Responsabilidade implica num compromisso com seu próprio crescimento e com o do outro. Conhecer a si mesmo, desenvolver sua individualidade e compartilhá-la.

De acordo com Antoine de Saint Exupéry “Amar é o processo de eu levá-lo de volta a você mesmo”.

Norma

 

          Borboletas Mario Quintana

 

CleicyPedrita — 28 de abril de 2008

Comments

  • misturebasblog
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    Que lindo texto,Norma e falar de amor ,pensar e refletir nele e sobre ele, nunca é demais! Ótima semana! bjs, chica

  • Majo Dutra
    Responder

    É muito interessante compreender o amor e os comportamentos à luz da psicologia.
    Gostei muito do seu excelente artigo.
    Vou divulgar o seu blogue aos amigos.
    Ótima semana.
    Abraço.
    ~~~

  • taislc
    Responder

    Olá, Norma, gosto de ler você e esse artigo está ótimo.

    Você diz pode-se dizer te amo de muitas maneiras, é a pura verdade! Uns dizem abraçando, beijando; outros dizem com presentes; outros dizem com sua presença constante. Mas não é fácil entender isso, depende de quem pede, dos que esperam serem amadas ou amados. É comum nas famílias entre os filhos.
    A maioria das pessoas acredita não ter recebido amor suficiente na infância e por mais que busque ou receba não se sentirá satisfeita.

    Perfeito! Chamo isso de saco sem fundo.
    Beijo

  • Vera Lúcia Duarte
    Responder

    Olá Norma,
    Um ótimo artigo, ao qual nada tenho a acrescentar, haja vista a perfeita abordagem do tema. Sem contar que você é especialista na matéria.
    Muito lindo o vídeo.
    Beijo.

  • Calu
    Responder

    Muito confortador e ao mesmo tempo revelador este teu artigo Norma.As diferentes maneiras de expressar este sentimento maior expande qualquer padrão social rígido.
    Perfeita explanação. Adorei!

    *Sobre o vôo do passarinho, está anotada tua participação.Comecei pela Chica e pela Ana Paula que toparam o projeto: levar este passarinho pela maior parte da blogosfera que o acolher.Há um custo de correio e claro, o convite prévio; sendo aceito, é só esperar “ele” pousar na residência hospedeira 🙂
    Bjkas,
    Calu

  • toninhobira
    Responder

    Que lindeza de texto Norma, a base de todo amor que levaremos pelo mundo é fundamental e se sentir amado é a coisa mais fantástica e revolucionária na vida do ser. A finalização com Exupéry é tudo de lindo e profundo.
    Show de postagem amiga.
    Bjs

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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