Abuso emocional

 

O abuso emocional não é visível, não pode ser mensurável, mas deixa marcas tão profundas quanto o físico. Ele constrange, deixa mal, exemplificando: humilhação em público, palavras pejorativas, restrição financeiras (controle) entre outros. Provoca sentimento de inadequação, de culpa, autoestima baixa, depressão,  impulsividade e agressividade por deslocamento.

 Muitas vezes, a própria vítima não se dá conta deste abuso, de atitudes que podem ser uma repetição do que já sofreu. Com o tempo a pessoa passa a desacreditar de si mesmo e vai perdendo a capacidade de discriminar, permitindo ser maltratada, há uma angústia que pode levar ao colapso (adoecimento).

No namoro já se pode evidenciar relações abusivas pelo tratamento e intempestividade da personalidade, contudo, normalmente desconsidera- se. Estas são caracterizadas por jogos de controle, violência, ciúmes, abstinência sexual e frieza emocional.

O abusador, de acordo com estatísticas, está no ambiente mais próximo, pode ser na família, escola, trabalho. Este é ameaçador, tem necessidade de expor o outro e humilhar. Frequentemente, já foi vítima e tende a reproduzir, algumas vezes sem consciência. Mas nem todos reproduzirão. Geralmente é uma pessoa que não sabe lidar com suas frustrações e toma como foco pessoas nas quais percebe a fragilidade (que aceita, não reage). Há uma diminuição que o abusador transfere para o outro para se sentir poderoso.

Para se libertar do abuso o primeiro passo é tomar consciência do sentimento de mal estar. Em seguida denunciá-lo, deixando claro o que está acontecendo. É importante que não deposite no outro o retrato de quem é. Tomar providências  no sentido de conversar com o abusador sobre a forma como se sente, mesmo que seja óbvio;  estabelecer limites para si e para o outro. No caso de se sentir acuada buscar um suporte de pessoas próximas e de profissional,  na área jurídica e/ou psicológica.

A ajuda psicológica se dá no sentido de Instrumentalizar esta pessoa para perceber seus recursos e poder reagir, fortalecer sua autoestima para afastar-se do abusador e enfrentar a vida de forma não tão oprimida.

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Imagem Net

Comments

  • Ailime
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    Boa tarde Norma,
    Outro assunto bastante interessante e que acontece muito no dia a dia de inúmeras pessoas. Há sempre alguém e até na família que aparentemente se mostra mais fraco e é nessa pessoa que as frustrações de outros se manifestam para humilhar, etc, uma vez que não o podem fazer de outra maneira. Penso que o abusador será uma pessoa doente (fria, má?), com problemas de auto-estima projectando nos outros os seus problemas. Por vezes tenho dúvidas se será inconsciente.
    Gostaria, por favor, de uma resposta sua a este respeito.
    Beijinhos e continuação de boa semana.
    Ailime

  • Norma Emiliano
    Responder

    Ailime em resposta a sua pergunta.

    Eu baseio o meu pensamento e análise das questões através da abordagem sistêmica, que nos aponta a interligação, influências recíprocas nas diversas interações e situações, portanto não há vítimas nem carrascos e o abusador é alguém que já foi abusado e constrói seus comportamentos e sentimentos dentro desta perspectiva, como se quisesse passar a limpo (inconscientemente) o que lhe acorreu, Em alguns casos cria-se uma patologia grave (mental), transtornos que podem não ter cura, mas precisam ser tratados. para que não ocorra situações drásticas.

  • Ailime
    Responder

    Boa noite Norma,
    Entendi. Agradeço muito a gentileza pronta da sua resposta.
    Um beijinho.
    Ailime

  • Socorro Melo
    Responder

    Penso eu que este abuso é algo bastante corriqueiro. Vemos tantos desajustes nas relações afetivas e de trabalho, que assusta. Entendo a origem do problema, como você tão bem explicou, mas, existe muita maldade e muito egoísmo nesses comportamentos abusivos.

  • toninhobira
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    Pois é Norma este tipo de comportamento está se tronando corriqueiro na sociedade. É o assedio moral das pessoas, que acabam adoecendo mesmo na quase irreparável perda de auto estima e moral. Imagino o trabalho para resgatar esta pessoa.E hoje já se considera crime.
    Bonita postagem e providencial.
    Valeu a partilha amiga.
    Bjs.

  • Calu
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    Diante de tantas situações de abuso, tende-se a naturalizar o fato, que por vezes passa como reprimenda ou admoestação justa e nesta toada é encoberta a gravidade do ato e suas consequências danosas para a saúde emocional do agredido(a).
    Ótima partilha.
    Bjkas, Norma.
    Calu

  • jeannegeyer
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    Norma, eu também teria uma pergunta, penso que culturalmente e pelo machismo que ainda impera, o abusador é o homem, mas já vi claramente mulheres sendo as abusadoras, no caso apenas verbal, já que a mulher não tem força para algum tipo de violência física. Existem mulheres que abusam dos maridos e até dos filhos? bjs

  • Norma Emiliano
    Responder

    Oi Jeanne

    Existem mulheres abusadoras sim e, algumas vezes, não só com palavras, mas atitudes e agressões também.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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