A velhice e a perda da identidade
Imagem Google
“Envelhecer bem é aceitar a velhice como um bem. Para atingir a sabedoria e a serenidade e para inventar uma nova maneira de viver, é preciso ter sido capaz de adaptar-se ao longo da vida. Na medida em que se soube viver, também se deve saber e ser capaz de envelhecer” Duarte, 2000.
Freqüentemente nos defrontamos com a necessidade de responder à pergunta “quem sou” que a identidade nos remete.
O tema identidade sempre foi explorado nas artes em geral (música, literatura, etc.) e diferentes campos do conhecimento (sociologia, filosofia, psicologia, etc.) tentam explicar como nos tornamos humanos a partir das compreensões diversas sobre a natureza humana. Contudo, é a vida social que nos proporciona as trocas afetivas que desde o começo da nossa vida, vão construindo nossa identidade através de estruturas culturais, como por exemplo, a família, e dos mecanismos que a sociedade cria para dar códigos que regulem a vida dos seus membros, como por exemplo, a linguagem.
Em todas as etapas da vida o ser humano incorpora aspectos externos e internos. Os externos compõem-se da participação na cultura: papéis familiares e sociais, emprego, a maneira de se apresentar ao mundo e a participação nele. Os internos referem-se aos significados que essa participação possui para cada um. Neste sentido, a forma como cada um vai vivenciar o envelhecimento está diretamente ligada à influência cultural e como ao longo da sua vida enfrentou os obstáculos.
Vivemos num momento histórico em que o envelhecimento populacional é a nossa realidade e paradoxalmente impera a cultura da juventude. Isto significa que a identidade do ser humano pode vir a tornar-se vulnerável à medida que avance cronologicamente no tempo. Entretanto, o homem é ator e autor da sua própria história. A compreensão do envelhecimento “como um processo cujo início se dá no momento do nascimento” (Sathler/PY) favorece para que possamos estar interferindo através da conscientização de que os estereótipos em relação à velhice (apatia, tristeza, implicância, etc.) comprometem a qualidade de vida e que também os idosos compartilhem da responsabilidade de uma velhice aberta para usufruir a vida, uma vez que as alegrias da autodescoberta e a capacidade de amar são contínuas.
Segundo Gail (in Passagens, 1990), “a principal tarefa da idade madura consiste em renunciar a todas as nossas proteções imaginárias e ficarmos de pé, nus no mundo, como o ensaio para assumirmos plena autoridade sobre nós próprios”.
Norma
Referência bibligráfica:
SATHLER, Julieta & PY, Ligia. Pensando perdas e aquisições no processo de envelhecer. In Caminhos do envelhecer. Rio de Janeiro, Ed. Revinter, 1994. pp.15-17
SHEEHY,Gail. Passagens. Ed.Francisco Alves, 1990.
Comments
Sonia Beth
Oi Norma,
Lindo texto. É isto, mesmo.
Minha mãe de 88 anos é prova vida disto.
beijocas
Sonia Beth
Sonia Beth
Õpa…
é prova viva do que voce escreveu … rsrsr
Bronryweess
Aloha i’m fresh on here. I came upon this forum I have found It absolutely accessible & it has helped me a lot. I should be able to contribute and help other people like its helped me.
Thank’s, Catch You Around.
Fiellaemame
Greetings every body, decent message board I have found It incredibly accessible and its helped me out alot
I hope to be able to contribute & support others like this site has helped me
CediaBinawemn
Hi i’m fresh on here, I came upon this board I find It exceedingly accommodating & its helped me out a lot. I should be able to give something back and assist other users like its helped me.
Thanks, See Ya Later