Gerontoterapia

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Envelhecer bem é aceitar a velhice como um bem. Para atingir a sabedoria e a serenidade e para inventar uma nova maneira de viver, é preciso ter sido capaz de adaptar-se ao longo da vida. Na medida em que se soube viver, também se deve saber e ser capaz de envelhecer” (apud Duarte, 2000)

 De acordo com levantamentos estatísticos, o envelhecimento populacional é uma realidade. Contudo no decorrer dos séculos a sociedade não tem dado a devida atenção a esta questão. 

Em nossa sociedade, temos uma visão distorcida e preconceituosa em relação à velhice, sendo valorizado o que é novo e bonito. Assim sendo, a importância da memória histórica e da cultura se perde fazendo com que os mais velhos se sintam alienados e discriminados, à exceção daqueles mais célebres. Dentro deste contexto, encontramos grande dificuldade, entre a maioria das pessoas, de aceitarem o seu envelhecimento ou mesmo de se submeterem a um processo de descoberta pessoal.

Ao considerarmos o envelhecimento um processo que se inicia a partir do nascimento e evolui até a morte sem interrupções, constatamos que ele apresenta constantes  transformações.

A forma de envelhecer é peculiar a cada indivíduo. Mas algumas situações e problemas surgem nessa etapa da vida, como por exemplo: síndrome do “ninho vazio” (momento que os filhos saem de casa), a morte de pessoas queridas, aposentadoria, doença, etc. que vão exigir uma reorganização.

Ao longo do ciclo evolutivo, o ser humano desempenha diversos papéis, tais como: filho, aluno, marido, pai, professor, amigo, avô, vítima, dependente, etc, que se formam em função da posição que se adota. Eles são determinados pelo contexto e compreendem uma interação entre as pessoas. Entretanto, a reformulação ou criação de novos papéis, no decorrer das mudanças durante a vida das pessoas, está ligada à possibilidade do abandono, ou seja, que o espaço ocupado por aquilo que se perdeu seja abandonado. Por exemplo:a mulher dependente do marido que fica viúva, precisa abandonar o papel de dependente para assumir seu novo papel de administradora das finanças.

A reação diante do novo varia de pessoa para pessoa, cada um tem seu próprio ritmo, entretanto a dificuldade de assumir um novo papel pode se expressar através de sintomas e pode levar a uma vida empobrecida.

Normalmente, considera-se que o envelhecer seja ficar estagnado aos papéis conhecidos e não ousar em coisas novas que possam levar a outros papéis. Nesta perspectiva, a terapia do idoso visa desencadear uma mudança, favorecendo o entendimento de características da sua personalidade, das razões que o fazem agir e/ou reagir diante de determinados estímulos, bem como levá-lo a resolver seus temores e a abrir- se para a conquista de novos papéis.         

 Cabe observar que  podem se utilizadas quatro modalidades: terapia individual com idosos, a terapia de casal na terceira idade, o atendimento familiar com membros idosos e o idoso percebido como recurso à terapia familiar.    

Norma Emiliano

Comments

  • Sonia Beth
    Responder

    Olá Norma,

    Eu convivo com uma idosa de 88 anos (minha mãe). Não é fácil minha querida…
    A relação dela com o novo é caracterizada pelo cuidado , que a meu ver, é excessivo.
    Nada é bom como antigamente.
    abs

  • Norma Emiliano
    Responder

    Oi Sonia

    Essa dificuldade é comum nas pessoas mais idosas. No entanto, já observamos, hoje, em pessoas que estão atingindo a meia idade, a preocupação em se atualizar e, assim, a passagem dos anos não a deixarão tão rígidas e o novo assustará um pouco menos. A terapia do idoso tem este objetivo.
    abs,

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